BRASÍLIA - Com queda dos índices de aprovação em pesquisas, o presidente Jair Bolsonaro testará a sua popularidade neste sábado durante as comemorações da Independência do Brasil, quando a partir das 9h quando assiste ao Desfile Cívico na Esplanada dos Ministérios. Na mesma semana em que apelou para que eleitores apagassem comentários negativos feitos em sua página do Facebook, também pediu que os simpatizantes defendessem neste 7 de Setembro o discurso do governo sobre a Amazônia, tema de embates públicos com o presidente da França, Emmanuel Macron.
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Em Brasília, o público esperado é de 30 mil pessoas, das quais 20 mil poderão assistir ao desfile nas arquibancada. O governo federal terá seis tribunas ao longo da Esplanada. No palaque presidencial, com capacidade para 220 pessoas, Bolsonaro receberá convidados como o apresentador Silvio Santos.
O teste com o bolsonarismo acontece ao final semana que começou com a divulgação de uma pesquisa Datafolha, que apontou que a reprovação do presidente aumentou de 33% para 38% em um pouco menos de dois meses. Ao mesmo tempo, aumentou o contingente de pessoas que passaram a reprovar a conduta do presidente. O percentual passou de 25% para 32%.
Neste período, Bolsonaro protagonizou polêmicas como as declarações sobre o paradeiro do corpo do pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) , Felipe Santa Cruz, a indicação de seu fIlho Eduardo Bolsonaro para a embaixada do Brasil em Washington e o bate-boca com o presidente da França, Emmanuel Macron, pelas queimadas na Amazônia.
Nos últimos dias, Bolsonaro também teve que lidar com as críticas negativas em suas redes sociais após indicar, na última quinta, o subprocurador Augusto Aras para a Procuradoria-Geral da República. Segundo os auxiliares, em conversa reserva com O GLOBO, este foi o episódio que deixou o presidente mais claramente exposto.
Bolsonaro foi surpreendido com o volume e intensidade de críticas a ponto de pedir que eleitores apagassem "comentários pesados" contra ele no Facebook. Na porta do Palácio do Alvorada, na quinta-feira, ele pediu "desculpas" e "paciência" para pessoas que o aguardavam no local.
Dois mil militares trabalharão na segurança da comemoração do Dia da Independência deste ano. O desfile deverá demorar 1h30 e não há previsão de discurso de Bolsonaro. O governo vai gastar R$ 971,5 mil no desfile, um aumento de quase 15% em relação ao ano passado. Neste ano, desfilam 4,5 mil pessoas, das quais 3 mil são integrantes das Forças Armadas.
2019-09-07 07:30:55Z
https://oglobo.globo.com/brasil/comemoracao-de-7-de-setembro-servira-de-teste-de-popularidade-para-bolsonaro-23933711
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