/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/5/8/r3k8SpQCqnfpnMuKyCmg/000-1ls6o5.jpg)
Luis Lacalle Pou (E) e Daniel Martínez (D) disputarão segundo turno das eleições no Uruguai — Foto: Eitan Abramovich, Pablo Porciuncula Brune/AFP
O Uruguai terá segundo turno na eleição presidencial, segundo resultados confirmados na madrugada desta segunda-feira (28). O governista Daniel Martínez disputará o cargo com o oposicionista Luis Lacalle Pou em 24 de novembro.
Com 93,99% das urnas apuradas, o resultado era o seguinte:
De acordo com a Corte Eleitoral uruguaia, a taxa de comparecimento chegou a 90% – o que a instituição considerou "histórica".
No segundo turno, Martínez tentará manter a Frente Ampla na presidência do Uruguai – a coalizão de partidos esquerdistas está no poder desde 2005. Ele terá a oposição do advogado Lacalle Pou, que tenta recolocar a direita no governo do país (leia mais sobre os presidenciáveis no fim da reportagem).
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/o/l/VvksaCTye3A3JzCfx8wA/ap19300753253852.jpg)
Uruguaio vota em Montevidéu, capital do Uruguai, nas eleições gerais do país deste domingo (27) — Foto: Matilde Campodonico/AP Photo
As eleições presidenciais e parlamentares acontecem ao mesmo tempo que na Argentina, em um contexto de instabilidade regional, com questionamentos aos resultados da votação na Bolívia, protestos de rua em massa no Chile e no Equador.
A votação também ocorreu em meio à comoção gerada pelo anúncio de que o atual presidente, Tabaré Vázquez, está em tratamento contra um câncer de pulmão. Ao votar neste domingo, o mandatário disse: "Tenho esperança e desejo de poder colocar a faixa presidencial no próximo presidente da república".
Reforma na segurança
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/2/n/0ans0XRSqijITx51dS6Q/2019-10-23t024704z-1600948791-rc143d27b810-rtrmadp-3-uruguay-election.jpg)
'Não à reforma': manifestantes pedem rejeição ao projeto de reforma na segurança pública do Uruguai em passeata na quarta-feira (22) — Foto: Mariana Greif/Reuters
A pesquisa boca de urna indica que o projeto de reforma constitucional na segurança pública – votada em plebiscito juntamente à eleição presidencial – não será aprovado por uma pequena margem. Segundo boca de urna, a proposta obterá entre 46% e 47% dos votos, insuficiente para entrar em vigor. Nenhum dos presidenciáveis apoiou a ideia.
- LEIA TAMBÉM: O lado sombrio do Uruguai
O pacote de medidas incluía:
- criação de uma Guarda Nacional militar que terá poder de polícia
- adoção da prisão perpétua
- fim da progressão de pena em alguns casos
- possibilidade de operações de busca à noite, com autorização judicial
Disputa no segundo turno
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/g/9/sMqGCDSpWFImG5qLnQ8g/2019-10-27t174209z-369839954-rc1a337d9a30-rtrmadp-3-uruguay-election.jpg)
Luis Lacalle Pou acena após votar nas eleições do Uruguai neste domingo (27) — Foto: Mariana Greif/Reuters
Os dois candidatos que se enfrentam em 24 de novembro terão menos de um mês para angariar votos e vencer as eleições presidenciais. A chave será conquistar os eleitores dos presidenciáveis derrotados ainda no primeiro turno.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/7/f/8CrpNlR1i25jv4yrvaXQ/2019-10-27t161759z-1482210913-rc11f2751bb0-rtrmadp-3-uruguay-election.jpg)
Presidenciável Daniel Martínez chega a local de votação nas eleições uruguaias em Montevidéu neste domingo (27) — Foto: Andres Cuenca/Reuters
Assim, Lacalle Pou leva ligeira vantagem sobre Martínez. Apesar de ficar cerca de 10 pontos percentuais atrás do governista no primeiro turno, as pesquisas apontam retorno da direita à presidência do Uruguai.
A vantagem de Lacalle Pou se explica porque os dois principais candidatos derrotados têm plataforma política mais alinhada à direita. Talvi, do Partido Colorado, defende maior liberdade econômica; enquanto Manini, do Cabildo Aberto, adota forte discurso por mudanças no Código de Processo Penal e tem grande apoio dos militares uruguaios.
Conheça os presidenciáveis do Uruguai
- Daniel Martínez, Frente Ampla
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/W/o/BAQCJMSvS0VzZIyJTSbg/000-1lo7vf.jpg)
Daniel Martínez, candidato à Presidência do Uruguai, discursa em ato de campanha em Montevidéu na quinta-feira (23) — Foto: Pablo Porciuncula/AFP
Candidato da situação e ex-prefeito de Montevidéu, Martínez não é visto pela principal coalizão de esquerda como um grande líder tal qual Vázquez e o ex-presidente José "Pepe" Mujica. O desafio a ele aumenta porque, se eleito, ele terá de lidar com cisões dentro da própria Frente Ampla e com um Congresso bastante fragmentado.
"Cada um com sua consciência terá de avaliar quem são as pessoas mais preparadas", disse Martínez após sair a boca de urna, segundo o jornal uruguaio "El País".
- Luis Lacalle Pou – Partido Nacional
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/9/a/3mrmxmSAqDuhUJEgX4DA/000-1lo70y.jpg)
Luis Lacalle Pou, candidato à Presidência do Uruguai, faz passeata na cidade de Las Pedras na quinta-feira (23) — Foto: Eitan Abramovich/AFP
O advogado é a principal aposta da direita uruguaia para retornar ao poder após 15 anos de governos da Frente Ampla. Filho do ex-presidente Luis Alberto Lacalle (1990-1995), o candidato propõe reequilibrar as contas públicas – o site oficial de campanha acusa o atual governo de acumular dívidas e permitir falência de empresas com capital estatal, como a companhia aérea Pluna, que fechou as operações em 2012.
2019-10-28 04:22:00Z
https://news.google.com/__i/rss/rd/articles/CBMiaWh0dHBzOi8vZzEuZ2xvYm8uY29tL211bmRvL25vdGljaWEvMjAxOS8xMC8yOC9lbGVpY2FvLXBhcmEtcHJlc2lkZW50ZS1kby11cnVndWFpLXRlcmEtc2VndW5kby10dXJuby5naHRtbNIBdGh0dHBzOi8vZzEuZ2xvYm8uY29tL2dvb2dsZS9hbXAvbXVuZG8vbm90aWNpYS8yMDE5LzEwLzI4L2VsZWljYW8tcGFyYS1wcmVzaWRlbnRlLWRvLXVydWd1YWktdGVyYS1zZWd1bmRvLXR1cm5vLmdodG1s?oc=5
No comments:
Post a Comment