Em foto de 2016, Qassem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, participa de um reunião em Terrã, no Irã — Foto: Office of the Iranian Supreme Leader via AP, Arquivo
Veja abaixo os dez fatos mais importantes da escalada de tensão entre os EUA e o Irã entre a quinta-feira (2) e o domingo (5):
1 - EUA matam general Soleimani
Qassem Soleimani, segundo homem mais poderoso mais poderoso do Irã, morreu em um ataque dos Estados Unidos na quinta-feira (2). O ataque com drone em Bagdá, no Iraque, também matou Abu Mahdi al-Mohandis, líder de uma milícia iraquiana pró-Irã .
Soleimani era chefe da unidade de elite do Exército Revolucionário do Irã. O ataque foi ordenado por Donald Trump, presidente dos EUA, e considerado gravíssimo por Teerã. O ato aconteceu em meio a diversos atos hostis de ambas as partes nos últimos dias.
Local onde general iraniano foi morto em Bagdá, no Iraque — Foto: Roberta Jaworski/G1
2 - Irã promete vingança
O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, e o presidente Hassan Rouhani prometeram vingança imediatamente após a morte do general.
"Se Deus quiser, sua obra e seu caminho não vão parar aqui e uma vingança implacável espera os criminosos que encheram as mãos com seu sangue e a de outros mártires", afirmou o aiatolá Khamenei.
O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã. — Foto: Morteza Nikoubazl/Reuters
3 - Trump diz que objetivo foi 'parar uma guerra'
Trump diz que objetivo do ataque a general do Irã foi parar guerra
Na sexta (3), Donald Trump disse que o ataque foi necessário para "conter o terror" e que não quer começar uma nova guerra no Oriente Médio. Soleimani articulou um eixo de alianças do Irã no Oriente Médio, como na Síria e no Iraque. Para os EUA, ele promovia o terrorismo e planejava novos ataques.
"Atuamos ontem à noite para parar uma guerra, não tomamos medidas para iniciar uma guerra", afirmou Trump no primeiro pronunciamento público sobre a morte de Soleimani.
4 - Petróleo sobe
O preço do petróleo atingiu na sexta o maior nível desde abril de 2019. O óleo do tipo Brent subiu 3,6%, para US$ 68,60 o barril. O Iraque, centro da tensão, é o segundo maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
5 - Funeral atrai multidão
Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas para o funeral de Soleimani, que começou no sábado (4) e passa por seis cidades do Iraque e do Irã durante quatro dias. No sábado e no domingo, o funeral teve comoção e gritos contra os EUA
Multidão participa do funeral do general Qassem Soleimani morto em ataque dos EUA
6 - Foguetes no Iraque
No sábado, ataques com foguetes atingiram uma base militar que abriga americanos no Iraque e a Zona Verde de Bagdá, onde ficam as embaixadas, perto da representação dos EUA. No domingo, mais foguetes atingiram a Zona Verde. Ninguém morreu.
Estes ataques têm efeito simbólico, mas são menores do que a reação que analistas acreditam ser possível após morte de um dos maiores líderes do Irã.
Guga Chacra: 'Ataque à Zona Verde de Bagdá tem efeito simbólico'
7 - Trump ameaça com 'novos e lindos armamentos'
Trump subiu o tom na noite de sábado e disse no Twitter que tem na mira 52 alvos no Irã e que não hesitará em atacá-los caso os iranianos atinjam algum americano.
Ele disse que os EUA têm os "maiores e melhores" equipamentos militares do mundo, "novos e lindos armamentos", fruto de investimento de US$ 2 trilhões, e que, se necessário, atingirá o Irã "com mais força do que nunca". No domingo, ele voltou a fazer ameaças no Twitter de um "ataque desproporcional".
Diante de possibilidade de retaliação, Trump ameaça: ‘Vamos alvejar 52 alvos no Irã'
8 - Irã duvida de Trump e rompe compromisso nuclear
Por seu lado, o Irã disse duvidar de que Trump tenha coragem de cumprir suas ameaças e que, se houver um conflito, irá atacar bases militares americanas. O governo do Irã também anunciou que não cumprirá o acordo nuclear de restrição de enriquecimento de urânio.
Irã vai abandonar todas as restrições à exploração de urânio
9 - Parlamento do Iraque pede retirada das tropas
No domingo, o parlamento do Iraque aprovou resolução que pede a retirada de tropas estrangeiras no país. Os americanos estão lá a pedido do próprio governo iraquiano para ajudar no combate ao Estado Islâmico. Não há definição se o governo de Bagdá ordenará a saída de militares estrangeiros.
O Iraque também convocou o embaixador dos EUA e pediu à ONU que condene o ataque americano, por considerar uma "violação da soberania do Iraque e de normas internacionais".
Trump reagiu e afirmou que os EUA só deixarão o Iraque se receberem pela base militar bilionária construída no país.
Entenda a decisão do Parlamento do Iraque de retirar tropas estrangeiras do país
10 - Líderes mundiais tentam evitar escalada
Aumento da tensão no Oriente Médio procupa líderes europeus
MORTE DO GENERAL DO IRÃ QASSEM SOLEIMANI
2020-01-06 03:41:00Z
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